ATIVOS DE RENDA
VARIÁVEL
São ativos cujo lucro é determinado pela diferença
entre o preço de compra, mais os benefícios (aluguéis, no caso de imóveis ou
dividendos, no caso das ações), menos o preço de venda. Além de ações, existem
outros investimentos de renda variável, como moedas (dólar, euro, iene etc),
commodities (soja, boi, açúcar, café etc) e fundos de investimento de renda
variável.
1- Fundos de investimentos
de renda variável: os ativos que compõem a carteira dos fundos
de investimentos podem ser: ações, renda fixa, mistos, cambiais, imóveis,
títulos de empresas emergentes, etc. Existe uma ampla variedade de fundos de
investimentos, cada qual com sua composição, por isso é importante que você
conheça o seu perfil de investimento para escolher o fundo mais adequado. Nos
sites dos principais bancos (seção investimentos) você poderá encontrar maiores
detalhes sobre cada um dos fundos de investimentos e se ele está adequado ao
seu perfil de investidor. Em geral os fundos com maior rentabilidade são
aqueles de perfil de investimento mais agressivo, onde o risco é maior.
O valor mínimo de aplicação ou resgate varia muito
de fundo para fundo, mas em geral a aplicação mínima começa a partir de R$ 100,00
o mesmo vale para os resgates mínimos. A tributação também é semelhante aos
fundos de renda fixa, ou seja, taxa de administração e imposto de renda sobre
os ganhos.
2- Investimentos
imobiliários: aquisição de bens imóveis como casas, terrenos,
etc. Comprar um apartamento ou sala de escritório com o objetivo de obter uma
renda mensal de aluguel sempre esteve associado a segurança. Dependendo das
características do imóvel, os ganhos com aluguel ficam entre 0,50% e 1,20% ao
mês (sem descontar os impostos). Entretanto, investindo em imóveis você
também deve levar em conta a sua liquidez, isto é, se você precisar vendê-lo
com muita urgência, poderá encontrar dificuldades.
Para minimizar esse e outros riscos, você deve
tomar alguns cuidados:
Ao comprar um imóvel, a localização deve ser o
primeiro fator a ser considerado. Evite imóveis que não tenham boa localização
– por exemplo, em frente ou vizinhos a favelas, próximos a viadutos ou onde
haja muito barulho, perto de bares e boates. A segurança e a facilidade
de acesso ao trabalho e à escola dos filhos, bem como a boa infra-estrutura de
serviços do bairro (como bancos, supermercados, escolas e opções de lazer), são
fundamentais para a qualidade de vida e o valor do imóvel. Os imóveis
localizados em regiões residenciais com serviços são os mais fáceis de
alugar.
Quem investe em zonas que estão se expandindo
também pode lucrar no futuro, quando a área estiver mais valorizada. Em locais
onde existe pouco espaço para novos empreendimentos, os imóveis existentes
tendem a se valorizar sempre.
Na hora de escolher o tipo de imóvel para investir
dê preferência para os imóveis comerciais e residenciais. Os investimentos em
terrenos, fazendas, sítios e casa de praia devem ser vistos com mais cautela
pois demoram mais para valorizar e porque a liquidez do mercado é menor ainda,
isto é, mais gente quer casa para morar do que terreno ou sítio.
No caso comercial, fuja dos imóveis que já perderam
valorização, por causa de localização pouco privilegiada, e que se encontrem
deteriorados. Ou, ainda, os que estejam pouco ocupados, apesar de possuírem
tempo de uso.
Quanto aos imóveis usados, há sempre o risco de
existir alguma pendência anterior que impeça a transferência do bem para o
comprador. O ideal é ter um corretor ou um advogado para garantir a segurança
do negócio.
Também existe o risco de inadimplência no caso do
aluguel (o inquilino não pagar o aluguel) e o risco de não conseguir
alugar o imóvel por algum tempo, tendo que arcar sozinho com todas as despesas
de manutenção.
Os custos podem acabar pesando no seu bolso,
principalmente os que se referem à manutenção dos imóveis: condomínio, gastos
com a faxineira para manter o imóvel limpo quando não estiver alugado, impostos
e taxas, etc. Na hora de alugar é importante fazer um contrato detalhando a responsabilidade
pelos custos de manutenção do imóvel, só assim você evita disputas e dores de
cabeça.
Não se esqueça também dos custos associados com a compra e/ou venda de um
imóvel, como, por exemplo, corretagem, escritura, registro em cartório e imposto
de transmissão. Os altos custos associados ao investimento em imóveis são a
principal razão pela qual eles são considerados investimentos de longo prazo.
Quanto à tributação: dependendo do valor do aluguel
o imposto de renda varia entre 15% e 27,5% dos ganhos. Além disso, se você
alugou o imóvel através de uma corretora, é preciso pagar uma taxa mensal de
cerca de 10% do valor do aluguel.
A aplicação em imóveis é para quem pretende aplicar
no médio e longo prazos, então, nunca aplique em imóveis o dinheiro que
você vai precisar para pagar contas, pois você pode acabar tendo problemas no
seu orçamento. Se o dinheiro que você pretende investir na compra do imóvel
representar mais de 30% das suas economias, então você deve analisar bem as
outras alternativas de investimentos para ter certeza que está fazendo um bom
negócio. Em resumo, trocando a rentabilidade pela segurança, a compra de
um imóvel pode resultar, no longo prazo, em um investimento atraente.