Segundo o
Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Pedro Humberto Carvalho, “o aluguel
tem um sistema contratual que leva o inquilino a renegociar o valor das
prestações a cada trinta meses e ao sabor do mercado. Como vivemos um boom do
ponto de vista da valorização dos imóveis, isso é automaticamente repassado ao
aluguel”.
Em contrapartida, explica o economista, “os contratos de
financiamentos são de longo prazo, com taxas de juros mais baixas e têm ainda
como proteção o fato de que o valor do imóvel aumenta, mas o valor da prestação
continua o mesmo”. publicidade
Ele
ressalta, porém, que o levantamento do Ipea só vai até 2009 e que a situação
pode mudar daqui para frente a partir do programa Minha Casa, Minha Vida do
Governo Federal. “Nós só vamos sentir os efeitos do Minha Casa, Minha Vida na
próxima Pesquisa de Orçamento Familiar [POF], se [o programa] realmente procura
corrigir esse problema aumentando o crédito para a população de mais baixa
renda”, que ganha até 3 salários-mínimos.
Os dados
indicam que o custo da habitação pesa mais sobre a população mais pobre, que
chega a pagar de aluguel por mês até 2% do valor venal do imóvel, enquanto a
população mais rica paga uma prestação bem mais baixa por ter acesso a
financiamentos imobiliários.
Entre a
fatia dos 25% mais ricos da população brasileira, 9% têm contratos de
financiamento imobiliário, enquanto na outra ponta, dos 25% mais pobres, apenas
1,3% são mutuários de programas habitacionais.
Fonte:
Agência Brasil
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